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Site da Compania de Teatro de Pindamonhangaba

O Bode

Confira no link abaixo galeria de fotos da peça O Bode:

http://picasaweb.google.com/115261910418346735329/OBode?feat=directlink

Concepção e o Texto

Esse espetáculo foi concebido em 2006 a partir de exercícios de improvisação em cima do conto “O Bode”, de Alberto Santiago, que foi o vencedor do III Concurso “Conto e Poesia” Pindamonhangaba – 2004; o texto foi escrito baseando-se no mesmo conto (que foi adaptado de um conto russo)  com a apropriação pelo elenco de personagens de cantos folclóricos como a Pastora, o Filho do Conde, seu Francisco e outros, que foram introduzidos como personagens da peça.  Desta vez sobre um tema mais adulto.

Sinopse

Um povoado, habitado por pobres camponeses, é administrado por um governo autoritário chefiado por um capitão tirano que impõe a lei conforme seus próprios interesses que, inclusive, condena a morte quem se manifeste contrario aos seus objetivos.

Apesar de tudo o povo acomodado está acostumado ao regime.  Porém há um grande incômodo na existência dessas pessoas:  é a deficiência de moradia.  Veladamente reclamam muito dessa situação.

Um dia novo grupo toma o poder.  O General, líder populista, tomando posse manda construir casas novas para o povo.  A população recebe eufórica a nova situação e classifica aquele como o melhor governo que já tiveram.

Aos poucos uma nova insatisfação começa a manifestar-se:  as casas são muito pequenas.

Então o governo baixa novo decreto:  cada família terá que criar no interior de suas casas um bode!   Estão proibidos de tirá-lo de dentro da casa  por qualquer razão que seja sob pena de sofrer sansões que podem ser até a própria morte do infrator. E esse novo incômodo leva o povo a uma grande infelicidade  e, veladamente, passam a considerar o governo como o pior que já tiveram até então.

Quando a situação está insustentável o governo baixa novo decreto: libera as pessoas para fazerem o que desejarem com o bode. Acontece uma festa total.  E o governo passa a ser considerado como o melhor que aquele povo já tinha tido, em qualquer tempo.

O Figurino

O figurino foi construído tendo como base o reaproveitamento de roupas em desuso.  Foram eqüalizadamente tingidas de marrom tendo somente a base superior tingida de amarelo. Na base inferior foram aplicados tecidos coloridos de chita e na cabeça colocados lenços e fitas também de chitas coloridas.  A opção do marrom é para simbolizar a terra e a falta de luz em que o povo vivia.  O amarelo na parte superior é a esperança de luz, de sol, que todos ainda acalentam.  O colorido é a forma de buscarem a apegar-se aos sonhos, à beleza.

A Maquiagem

É realizada com material de pintura convencional sobre fundo branco para evidenciar e tornar mais expressivo o desenho dos traços que as caracterizam.

A Iluminação

O espetáculo, criado para apresentação frontal (palco italiano, etc.) se utiliza da iluminação usual de teatros.

O Cenário

É montado, gradativamente, durante o transcorrer do espetáculo.  Ao fundo três painéis de 3 x 1,5 m pintados com motivos de signo do texto serão levantados em momentos diferentes (primeiro os dois laterais, depois o central);  na lateral direita do palco, sobre um foco de luz amarela, quando o povo recebe suas casas, serão colocadas casinhas coloridas de madeira evidenciando a vila de “casas novas” recebidas do novo governo;  quando o povo recebe os bodes (bonecos de tecido preenchidos com espuma de + ou – 35 x 40 cm), sobre a vila baixa-se um arco decorado com bandeirinhas e fitas onde serão pendurados esses bodes;  nos prenúncios da “Morte”, na lateral esquerda entra, num foco de luz verde, uma árvore estilizada coberta com bonecas-bailarinas vestidas de preto e sinos onde o badalo é uma bailarina, também vestidas de preto.

A Sonoplastia

É baseada na música regional e/ou folclórica para evidenciar o sentimento de simplicidade do povo. Estas músicas são executadas ao vivo pelo elenco. Porém, todas as intervenções dos militares, para clarificar a situação de opressão vivida pelo povo, são pontuadas por músicas de Richard Wagner (que foi considerado uma espécie de bandeira estética do nazismo).  Foi utilizado, também, o Réquiem KV 626, de Mozart, durante o funeral do aldeão fuzilado; nas participações da “Bailarina”, personagem mítico da Morte, foram utilizados temas de balé de Tchaikovsky [O Quebra Nozes (Pás-de-Deux) e O Lago dos Cisnes (Cena)]; nos momentos que prenunciam a presença da “Morte” foram introduzido o som de batidas de sino, signo que evidencia essa presença.

FICHA TÉCNICA

Espetáculo                                          O Bode

Diretor / Autor                         Alberto Santiago

Produção                                            Grupo

Figurino                                               Alberto Santiago

Cenografia                                          Fabio Mendes e Alberto Santiago

Maquiagem                                         Paula Garcia

Sonoplastia                                         Alberto Santiago

Operação de Som                               Jéssika Duran e Larissa Gama

Iluminação e Operação                        Alberto Santiago

Preparação Musical                             Mateus Correa

Assist. Preparação Musical                  Wesley Peterson e Renata Garcia

Preparação Corporal                           Paula Garcia

Assist. Preparação Corporal                Poliana Gasparin

Elenco

Adriano Damas                     Camila Benjamim       Evelyn Fernanda

Jéssica Gonçalves                 Mateus Correa            Nayára Cinachi

Paula Garcia                           Paulo Adriano              Poliana Gasparin

Quetsia Vitorino                   Renan Teixeira             Renata Garcia

Sofia Cunha                             Sylvana Moreira          Thiago Sabóia

Laise Lopes                             Wesley Peterson

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